A Direcção-geral dos serviços prisionais está a fazer uma campanha intensiva onde são mostrados pequenos mundos de evasão nas cadeias. Tires e Odemira são disso exemplo, mas nas reportagens que vemos tão bem de elaboradas são omitidas questões fundamentais para quem se encontra privado de liberdade e também para quem se relaciona diáriamente com o meio prisional.
Quem visita em Tires os reclusos, tem que o fazer nos refeitórios onde as refeições são servidas sem as salas serem limpas, por não haver palratório. A Dr.ª Clara Manso Preto prefere gastar dinheiro na sua belíssima sala, a que poucos tem acesso, uma vez que é seu apanágio, por exemplo, falar muito rapidamente com as reclusas nos corredores de Tires.
Se falarmos nos serviços clínicos, o orçamento para a medicação já foi esgotado há muito tempo, não havendo agora qualquer margem para atender às necessidades dos reclusos.
Mas há outras situações que deveriam ser analisadas: o trabalho das técnicas do IRS (Instituto de Reinserção Social) em dias é praticamente nulo. As informações parecem ser manipuladas consoante a cara de cada recluso, e nem sempre são correctas. Raramente falam com as reclusas e quando o fazem estão sempre com pressa, acabando por não dar resposta às necessidades das reclusas. Reinserção é coisa que em Tires só tem nome.
Mas estamos habituados a ver a lei ser aplicada com dois pesos e duas medidas. Em Tires vemos reclusas negras a sair todos os dias. Vão a julgamento e mesmo sendo traficantes de rua nos bairros mais polémicos da capital, tendo armas e grandes quantidades de drogas em seu poder e avultadas quantias de dinheiro, fazendo os seus negócios mesmo estando detidas em Tires através do ou telefone, mais parecendo um escritório com altos rendimentos, vão a julgamento e raras são as condenações. Quando existem são condenações baixas. No entanto, as portuguesas, quem são normalmente pessoas pobres e que vive miseravelmente são condenadas a grandes penas ainda que sejam toxicodependente, não havendo nenhum plano para a cura destas pessoas.
Terão os juízes portugueses medo de serem acusados de racismo? Senhor ministro da Justiça, que justiça é esta? Com este raciocínio rápido, chegamos à conclusão de que os pobres deste país continuarão sem oportunidades. Temos em Tires o caso bem exemplificativo desta situação: uma recusa envolvida no “caso dos polvos”, em que foi descoberta cocaína (algumas toneladas) em polvo congelado, saiu em liberdade, por excesso de prisão preventiva, enquanto que outras pessoas usadas como correios de droga normalmente por problemas financeiros, ou que traficam droga para poderem pagar o que consomem são condenadas a pesadas penas de cadeia.
Será que as reclusas de origem africana tem maior facilidade de reintegração na sociedade do que as portuguesas? E no caso das reclusas toxicodependentes? Qual é o papel do IRS nesses casos ? Em Tires a crise chega só a quem no continua a fazer negócios através do telefone. Em Tires a crise também não chega ao gabinete da Dr.ª Clara Manso Preto, que de certeza não tem que comer a comida distribuída aos reclusos, que além de não ser variada, tem pouquíssima qualidade. A ASAE não conhece a morada do Estabelecimento Prisional de Tires ?
domingo, 7 de dezembro de 2008
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Repor a verdade
Para os que nos acusam de só sabermos cortar na casaca, aqui vai…
Por obrigação e regimento dizemos a verdade antes de tudo, por isso este tema é único e dedicado à reposição do rigor factual de uma noticia do J.N, há uns dias sob o titulo “Casal de reclusas lésbicas punido com isolamento na cadeia de Tires”!
Preocupou-nos o assunto, cuidámos investigá-lo e chegámos a uma conclusão: a quem se permite mais do que é justo quer mais do que é permitido.
Com efeito, Beatriz M. e Linda A., embeiçadas uma pela outra, formam um casal lésbico conhecido em Tires muito antes de Janeiro de 2008, protegido até por alguns elementos do Corpo Feminino de Guarda Prisional e chegam a habitar em cela conjunta no pavilhão 1. Rebeldes por natureza, estão no momento da vida em que as paixões são mais violentas e indomáveis, as zangas por ciúmes são uma constante. Para evitar males maiores são separadas de local, a escolha a recair sobre Beatriz que já frequentava o pavilhão 2 por questões laborais. Vão trocando cartas e juras próprias de amantes apesar de, afastadas, trazerem já outras na mira, reservando-lhes atenções de cavalheiro.
Contudo Linda A. acaba, para ficar mais perto da amada, movendo empenhos e muda-se, também ela, para o pavilhão 2.
Há semanas atrás, para se despedirem com boas lembranças de uma companheira que partiu em liberdade, um grupo integrado por Beatriz e mais umas quantas reclusas desferiu uma monumental sova numa pobre guarda que sem ser tida nem achada, foi parar ao hospital e está ausente do serviço, a recuperar em casa mazelas que o despropósito lhe deixou
Ainda nessa noite, Beatriz M. e Cristina P., as duas principais implicadas na agressão, foram trazidas para o pavilhão 1, sendo colocadas em regime de isolamento no dia seguinte.
Não sabemos ao certo o que levou Linda A. a, alegadamente, tentar o suicídio – uma moda que pegou em Tires iniciada por Maria das Dores – mas há quem se lembre há poucos meses do braço cortado e ligado de Linda que com frequência cumpre castigos disciplinares em isolamento e regimes de separação por rixas várias e outros actos de má criação.
Quanto a Beatriz M., hóspede recorrente de infracções do regime prisional, cumpriu, entre outras, sanção imposta por ter na sua posse e na sua cela um telemóvel, equipamento proibido pelo regulamento.
No que concerne a perseguições e represálias que se dizem vitimas, chegamos a fala com ex-reclusas, recentemente devolvidas á vida livre e que conhecem de perto, as queixosas. E garantiram-nos serem falsas tais acusações.
Assim, o único ponto da notícia que nos merece algum credito é a proposta feita pela direcção geral dos Serviços Prisionais, ainda que não nos moldes apresentados. Sabemos de vários pecados e pecadilhos promovidos por esta entidade mas este não é um deles, pelo menos na forma tornada pública.
Por último, uma palavra para o Dr. Pedro Namora e o sociólogo António Pedro Dores que, em boa fé, agiram sem conhecer toda a historia. E damos o assunto por encerrado dizendo ainda que a heterossexual que denunciou o caso é a chata de serviço, desencantada com a vida ainda girava pelos Açores, refinada na crueldade, azeda e litigante, da vingança faz instrumento em tudo deitando defeito, mesmo no que está bem.
Por obrigação e regimento dizemos a verdade antes de tudo, por isso este tema é único e dedicado à reposição do rigor factual de uma noticia do J.N, há uns dias sob o titulo “Casal de reclusas lésbicas punido com isolamento na cadeia de Tires”!
Preocupou-nos o assunto, cuidámos investigá-lo e chegámos a uma conclusão: a quem se permite mais do que é justo quer mais do que é permitido.
Com efeito, Beatriz M. e Linda A., embeiçadas uma pela outra, formam um casal lésbico conhecido em Tires muito antes de Janeiro de 2008, protegido até por alguns elementos do Corpo Feminino de Guarda Prisional e chegam a habitar em cela conjunta no pavilhão 1. Rebeldes por natureza, estão no momento da vida em que as paixões são mais violentas e indomáveis, as zangas por ciúmes são uma constante. Para evitar males maiores são separadas de local, a escolha a recair sobre Beatriz que já frequentava o pavilhão 2 por questões laborais. Vão trocando cartas e juras próprias de amantes apesar de, afastadas, trazerem já outras na mira, reservando-lhes atenções de cavalheiro.
Contudo Linda A. acaba, para ficar mais perto da amada, movendo empenhos e muda-se, também ela, para o pavilhão 2.
Há semanas atrás, para se despedirem com boas lembranças de uma companheira que partiu em liberdade, um grupo integrado por Beatriz e mais umas quantas reclusas desferiu uma monumental sova numa pobre guarda que sem ser tida nem achada, foi parar ao hospital e está ausente do serviço, a recuperar em casa mazelas que o despropósito lhe deixou
Ainda nessa noite, Beatriz M. e Cristina P., as duas principais implicadas na agressão, foram trazidas para o pavilhão 1, sendo colocadas em regime de isolamento no dia seguinte.
Não sabemos ao certo o que levou Linda A. a, alegadamente, tentar o suicídio – uma moda que pegou em Tires iniciada por Maria das Dores – mas há quem se lembre há poucos meses do braço cortado e ligado de Linda que com frequência cumpre castigos disciplinares em isolamento e regimes de separação por rixas várias e outros actos de má criação.
Quanto a Beatriz M., hóspede recorrente de infracções do regime prisional, cumpriu, entre outras, sanção imposta por ter na sua posse e na sua cela um telemóvel, equipamento proibido pelo regulamento.
No que concerne a perseguições e represálias que se dizem vitimas, chegamos a fala com ex-reclusas, recentemente devolvidas á vida livre e que conhecem de perto, as queixosas. E garantiram-nos serem falsas tais acusações.
Assim, o único ponto da notícia que nos merece algum credito é a proposta feita pela direcção geral dos Serviços Prisionais, ainda que não nos moldes apresentados. Sabemos de vários pecados e pecadilhos promovidos por esta entidade mas este não é um deles, pelo menos na forma tornada pública.
Por último, uma palavra para o Dr. Pedro Namora e o sociólogo António Pedro Dores que, em boa fé, agiram sem conhecer toda a historia. E damos o assunto por encerrado dizendo ainda que a heterossexual que denunciou o caso é a chata de serviço, desencantada com a vida ainda girava pelos Açores, refinada na crueldade, azeda e litigante, da vingança faz instrumento em tudo deitando defeito, mesmo no que está bem.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Outubro
Quem conheceu Clara Manso Preto na época em que o destino ainda não lhe dera amparo, não guarda grande nota dela. Invejosa e mau carácter, falsificava os seus verdadeiros sentimentos para se apresentar como generosa, simpática e amiga.
Contudo, a teia de afectos familiares havia de dar-lhe munições para a vida, a desenrascar-se.
Numa altura em que Tires está como o País, sem dinheiro para nada, a sua Directora utiliza um expediente digno dos maiores vígaros que este pobre País já conheceu. Com o dinheiro enviado com sacrifícios pela família a quem vive atrás das grades, enche-lhes a barriga, trata-lhes das maleitas. Explicamos melhor: A parentalidade das detidas em Tires é gente de bem, com os impostos em ordem, cumpridora das regras em sociedadee pretende quem os seus, afastados por imposição do seu convívio, tenham os dias suavizados pelo conforto que só os Euros sabem proporcionar. São ainda e também pessoas que à Justiça e à cadeia não tem contas a prestar. Clara Manso acha tudo isto errado.
Com a ambição de um César, deu-lhe para desenhar-se como a única salvadora de Tires à conta das notas dos outros e, numa jogada de inspiração, confisca os depósitos que não lhe pertencem e usa-os, abusivamente, junto do banco onde é confiado o razoável orçamento vindo da Tutela, só os devolvendo às legitimas donas e a contra-gosto, a 15 e 30 de cada mês. Se isto já é muito mau e até tem enquadramento no Código do Processo Penal, imagine-se então Clara Manso Preto armada em cambista do alheio. Fazendo concorrência desleal á Banca, a única em Portugal autorizada a operar deste modo.
E Clara Manso Preto pertence ao grupo absurdo de pessoas que se convence de que tudo o que faz está certo. Tempera-lhe o sangue a falta de vergonha. Mais uma vez, com o dinheiro dispensado pela Direcção Geral dos Serviços Prisionais para os desvalidos da sorte que em Tires não tem rede familiar que os apoie, arrecada as verbas e as voltas, aplicando-as em luxuosas obras no seu gabinete, transformando-o num palácio das Arábias… tentando que nada sopre para o exterior, a poucos franqueia a entrada não vá algum espírito mais critico estragar-lhe a vaidade do seu bem estar…
E este é um, tempo em que a sobrevivência e idoneidade (?) de Tires dependem da habilidade de Manso Preto.
Com duas mortes de reclusas mal explicadas em escassos 3 meses – no consulado de Fernanda Aragão nada disto acontecia – depressa estudou a fórmula genial de não se comprometer e anda a arranhar a sorte…
Sorte que lhe anda a escassear, agora que tem gente empenhada em lhe descobrir as frequentes maroscas e que não entende a utilidade em Clara Manso Preto ter mandado abater pela raiz o que está proibido por decisão governamental: árvores centenárias, plantadas pela Congregação Religiosa do Bom Pastor, as freiras que viviam em Tires antes de ser prisão.
Amante de pagodes e outras festas inconfessáveis, não estanca o vício das viagens além Europa, indo longe os dias em que o ordenado não lhe permitia cruzar oceanos… agora que na América o administrador do Lehman Brothers tem de contar ao povo como adquiriu a mansão na Florida e o apartamento num dos locais mais distintos de Nova Yorque, se a moda tem peguilhas em Portugal, Clara Manso Preto vai perder sossego e cautelas…
E porque as perguntas começam a engrossar a fila, oh Dr. António Costa, em 2001 eram “bandidos” que o preocupavam como Ministro da Justiça. Hoje, no final de 2008 e como Presidente da Câmara, não quer comprar um dicionário? É que a coisa começa a estar preta…
Contudo, a teia de afectos familiares havia de dar-lhe munições para a vida, a desenrascar-se.
Numa altura em que Tires está como o País, sem dinheiro para nada, a sua Directora utiliza um expediente digno dos maiores vígaros que este pobre País já conheceu. Com o dinheiro enviado com sacrifícios pela família a quem vive atrás das grades, enche-lhes a barriga, trata-lhes das maleitas. Explicamos melhor: A parentalidade das detidas em Tires é gente de bem, com os impostos em ordem, cumpridora das regras em sociedadee pretende quem os seus, afastados por imposição do seu convívio, tenham os dias suavizados pelo conforto que só os Euros sabem proporcionar. São ainda e também pessoas que à Justiça e à cadeia não tem contas a prestar. Clara Manso acha tudo isto errado.
Com a ambição de um César, deu-lhe para desenhar-se como a única salvadora de Tires à conta das notas dos outros e, numa jogada de inspiração, confisca os depósitos que não lhe pertencem e usa-os, abusivamente, junto do banco onde é confiado o razoável orçamento vindo da Tutela, só os devolvendo às legitimas donas e a contra-gosto, a 15 e 30 de cada mês. Se isto já é muito mau e até tem enquadramento no Código do Processo Penal, imagine-se então Clara Manso Preto armada em cambista do alheio. Fazendo concorrência desleal á Banca, a única em Portugal autorizada a operar deste modo.
E Clara Manso Preto pertence ao grupo absurdo de pessoas que se convence de que tudo o que faz está certo. Tempera-lhe o sangue a falta de vergonha. Mais uma vez, com o dinheiro dispensado pela Direcção Geral dos Serviços Prisionais para os desvalidos da sorte que em Tires não tem rede familiar que os apoie, arrecada as verbas e as voltas, aplicando-as em luxuosas obras no seu gabinete, transformando-o num palácio das Arábias… tentando que nada sopre para o exterior, a poucos franqueia a entrada não vá algum espírito mais critico estragar-lhe a vaidade do seu bem estar…
E este é um, tempo em que a sobrevivência e idoneidade (?) de Tires dependem da habilidade de Manso Preto.
Com duas mortes de reclusas mal explicadas em escassos 3 meses – no consulado de Fernanda Aragão nada disto acontecia – depressa estudou a fórmula genial de não se comprometer e anda a arranhar a sorte…
Sorte que lhe anda a escassear, agora que tem gente empenhada em lhe descobrir as frequentes maroscas e que não entende a utilidade em Clara Manso Preto ter mandado abater pela raiz o que está proibido por decisão governamental: árvores centenárias, plantadas pela Congregação Religiosa do Bom Pastor, as freiras que viviam em Tires antes de ser prisão.
Amante de pagodes e outras festas inconfessáveis, não estanca o vício das viagens além Europa, indo longe os dias em que o ordenado não lhe permitia cruzar oceanos… agora que na América o administrador do Lehman Brothers tem de contar ao povo como adquiriu a mansão na Florida e o apartamento num dos locais mais distintos de Nova Yorque, se a moda tem peguilhas em Portugal, Clara Manso Preto vai perder sossego e cautelas…
E porque as perguntas começam a engrossar a fila, oh Dr. António Costa, em 2001 eram “bandidos” que o preocupavam como Ministro da Justiça. Hoje, no final de 2008 e como Presidente da Câmara, não quer comprar um dicionário? É que a coisa começa a estar preta…
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Mais
Confirma-se. Este Blogue começou a ganhar o culto que só os desprovidos de saber ou, ao menos, de intuição não perceberam onde iria desaguar_ Num sem número fiel de leitores que não param de nos pedir mais e mais histórias. Assim, para quem nos julgava desaparecidos... temos pena da desilusão causada.
Pois é, não perdemos o jeito, não fomos de férias, não desistimos nem esgotámos assunto. A nossa ausência explica-se em poucas palavras:
Como Portugueses que somos, logo tesos, tivemos de deitar contas á vidinha e recorrer ao velhinho pé de meia para nos mantermos á tona neste jogo que, como qualquer outro, tem na partilha a sua regra de excelência: informações para cá, dinheiro para lá.
Ah, e neste intervalo aproveitámos a pausa e frequentamos um curso intensivo de redacção de textos, só para agradar ao anonimo que, em 04.05.08 comentava ás 14:12 h _ provavelmente na hora do patrão e com o material do patrão_ a nossa escrita infantil...
Vamos lá a ver se o curso serviu para alguma coisa.
Nada é adquirido nem igual todos os dias. Foi mais ou menos isto que devem ter pensado os quatro sortudos que, em determinado dia e mês da década de 90 viram a luz ao fundo da porta da prisão de Setúbal ao evadirem-se daquela; claro que o sucesso da proeza contou com notas (muitíssimas) de contos _nem se sonhava o Euro_ que foram para ás mãos da "prestável equipa" que promoveu e possibilitou a fuga, integrada pelo já nosso conhecido Adriano Paulus, nessa altura um mero educador, e que juntava á mania das grandezas ser avesso a contas bancárias limitadas no saldo. E talvez por isso ou por inábil e desastrado, Clara Manso Preto, a directora de Tires e sua mulher durante uns anos, o tenha trocado por alguém mais perspicaz e inteligente, com os ventos da vereação de Cascais a soprar-lhes de feição...
A memória é fraca e a impunidade muita.
O "incidente" tem mais de dois anos e se é verdade que o rosto humano deve ter expressão, sem ela deve ter ficado uma jovem mulher que, sem dinheiro nem poder, viu-se presa em Tires, na casa das mães e a sua criança na creche.
Num belo dia que jamais esquecerá, sem aviso nem razão, foi-lhe "explicado" que a criança havia sido "dada para adopção". Incrédula, a mãe despojada não sabia o que dizer a seguir, mas precisava com urgência de fazer alguma coisa. E fêz! Na convicção que a tarefa da Santa Casa da Misericórdia não parece que seja de mais ninguém, batalhou até ver o "negócio" desmanchado e bébé devolvido, mas houve alguém por perto que teve de devolver o dinheiro entretanto amealhado com a "transacção"...
E a sociedade está em queda, queda de valores.
Sentimento, entendimento e vontade devem comunicar entre si para responder ao grande desafio da vida e da morte. E foi tudo o que faltou a Paula Pessoa por parte das chefias de Tires; na noite de 21 para 22 de Maio enforcava-se na sua cela, no pavilhão 2 onde cumpria pena de prisão, durante o sono da sua companheira de quarto.
Este é mais um dos "segredos" de Tires que toda a gente sabe, excepto, obviamente, a opinião pública e a familia da falecida; e o caso é tão "escaldante" que até ja deu "sumisso" a documentos elaborados pela Direcção; é que na hora do "aperto" nada melhor que evitar embaraços e conversas que a prudência não aconselha...
Ora a propósito de silêncios convenientes, combinados e comprados, perguntava há algum tempo o Dr. Silva Lopes, frente ás camaras de televisão porque não se metiam, pelo menos, meia dúzia na cadeia. Nós respondemos que não se metem porque, a meter meia dúzia acabavam por se meter uns quantos mais esta Tires e "outras Tires", ficava tudo á deriva, sem (des)governação á vista. E também, claro está, porque nenhuma sociedade se persegue a si mesma.... não é mesmo Dr. António Costa ?
Pois é, não perdemos o jeito, não fomos de férias, não desistimos nem esgotámos assunto. A nossa ausência explica-se em poucas palavras:
Como Portugueses que somos, logo tesos, tivemos de deitar contas á vidinha e recorrer ao velhinho pé de meia para nos mantermos á tona neste jogo que, como qualquer outro, tem na partilha a sua regra de excelência: informações para cá, dinheiro para lá.
Ah, e neste intervalo aproveitámos a pausa e frequentamos um curso intensivo de redacção de textos, só para agradar ao anonimo que, em 04.05.08 comentava ás 14:12 h _ provavelmente na hora do patrão e com o material do patrão_ a nossa escrita infantil...
Vamos lá a ver se o curso serviu para alguma coisa.
Nada é adquirido nem igual todos os dias. Foi mais ou menos isto que devem ter pensado os quatro sortudos que, em determinado dia e mês da década de 90 viram a luz ao fundo da porta da prisão de Setúbal ao evadirem-se daquela; claro que o sucesso da proeza contou com notas (muitíssimas) de contos _nem se sonhava o Euro_ que foram para ás mãos da "prestável equipa" que promoveu e possibilitou a fuga, integrada pelo já nosso conhecido Adriano Paulus, nessa altura um mero educador, e que juntava á mania das grandezas ser avesso a contas bancárias limitadas no saldo. E talvez por isso ou por inábil e desastrado, Clara Manso Preto, a directora de Tires e sua mulher durante uns anos, o tenha trocado por alguém mais perspicaz e inteligente, com os ventos da vereação de Cascais a soprar-lhes de feição...
A memória é fraca e a impunidade muita.
O "incidente" tem mais de dois anos e se é verdade que o rosto humano deve ter expressão, sem ela deve ter ficado uma jovem mulher que, sem dinheiro nem poder, viu-se presa em Tires, na casa das mães e a sua criança na creche.
Num belo dia que jamais esquecerá, sem aviso nem razão, foi-lhe "explicado" que a criança havia sido "dada para adopção". Incrédula, a mãe despojada não sabia o que dizer a seguir, mas precisava com urgência de fazer alguma coisa. E fêz! Na convicção que a tarefa da Santa Casa da Misericórdia não parece que seja de mais ninguém, batalhou até ver o "negócio" desmanchado e bébé devolvido, mas houve alguém por perto que teve de devolver o dinheiro entretanto amealhado com a "transacção"...
E a sociedade está em queda, queda de valores.
Sentimento, entendimento e vontade devem comunicar entre si para responder ao grande desafio da vida e da morte. E foi tudo o que faltou a Paula Pessoa por parte das chefias de Tires; na noite de 21 para 22 de Maio enforcava-se na sua cela, no pavilhão 2 onde cumpria pena de prisão, durante o sono da sua companheira de quarto.
Este é mais um dos "segredos" de Tires que toda a gente sabe, excepto, obviamente, a opinião pública e a familia da falecida; e o caso é tão "escaldante" que até ja deu "sumisso" a documentos elaborados pela Direcção; é que na hora do "aperto" nada melhor que evitar embaraços e conversas que a prudência não aconselha...
Ora a propósito de silêncios convenientes, combinados e comprados, perguntava há algum tempo o Dr. Silva Lopes, frente ás camaras de televisão porque não se metiam, pelo menos, meia dúzia na cadeia. Nós respondemos que não se metem porque, a meter meia dúzia acabavam por se meter uns quantos mais esta Tires e "outras Tires", ficava tudo á deriva, sem (des)governação á vista. E também, claro está, porque nenhuma sociedade se persegue a si mesma.... não é mesmo Dr. António Costa ?
quinta-feira, 12 de junho de 2008
No Vermelho
Aparentemente, este "Blog" tem afectado algumas pessoas a trabalhar em Tires, nomeadamente a actual Directora, Dra. Clara Manso Preto, e a Sra. D. Eugénia Felgueiras, Sub-Chefe da “Casa das Mães”, onde nem sequer ela consegue manter a ordem. Ora perguntem-lhe lá se se lembra da agressão extremamente violenta da reclusa Nádia a outra reclusa aparentemente grávida… terá sido uma briga pela posse dos parcos produtos que a dita senhora não distribui ás reclusas quando o devia fazer? Afinal… estamos na “Cadeia Regional da Sub-Chefe Eugénia”…
Mas se em relação ao corpo de Guardas (salvo honrosas excepções) a Cadeia de Tires é uma grande trapalhada onde ninguém se entende… o que dizer acerca do Sr. Dr. Juiz Manuel Saraiva, que regula o Tribunal de Execução de Penas em Tires e em vários outros estabelecimentos prisionais?
Quem é que o controla ? Quem é que fiscaliza o seu trabalho ? É que o Sr. Dr. Juiz tem uma curiosa tendência para o carimbo vermelho usado pela censura da extinta PIDE. Precárias ? Cortadas ! Meio de Pena ? Cortado ! Sistema de Vigilância Electrónica para reclusos a quem a lei permite o acesso ? Cortadas !
Alguém explique ao Sr. Dr. Juiz que em quatro dias de precária (em que um deles é gasto a tentar sair de Tires e outro gasto a entrar) não há tempo de recomeçar nenhum tipo de actividade criminosa, não há tempo sequer para estar com a família ou para renovar o Bilhete de Identidade.
Ou será que o Meritíssimo Juiz está à espera de mais dois ou três suicídios provocados pelas suas receosas decisões? É que entre a população de reclusos prisionais haverá com certeza muitos em que por variadíssimas razões o “Perigo de inêxito” poderá na realidade não se aplicar.
Quanto ao direito à possibilidade de dar liberdade condicional ao meio da pena, Sr. Dr., lembre-se que os estrangeiros não são os únicos a quem a lei se aplica. Esses vão, quem sabe porquê? Recambiados para o seu país de origem, enquanto os Portugueses por cá vão ficando, continuando a gastar dinheiro dos nossos bolsos (Sim, porque ainda há quem pague impostos por aqui) para serem mantidos em regime de reclusão, quando podiam ir tentar reabilitar-se lá fora. Tomar conta das famílias, trabalhar, ter uma vida normal ou o melhor que lhes seja oferecido pela sociedade.
Até se compreende que por saber que a cadeia de Tires, por exemplo, beneficie todos esses cortes… é que as reclusas trabalham muitas vezes por apenas quinze euros mensais ou menos, sabendo que nos primeiros três meses nem sequer recebem nada. É “Pro Bono”, para a Cadeia de Tires. Além disso, se for necessário ir a tribunal, ao médico, ou se se estiver doente, são descontados esses dias no ordenado do final do mês.
Poder-se-á chamar a isto exploração? Que vantagens terá a Cadeia de Tires em descontar dias de trabalho no parco ordenado (aqui temos vontade de dar uma gargalhada) de uma reclusa que se queimou gravemente enquanto prestava o seu tão mal remunerado trabalho na copa do Pavilhão 1 (pavilhão das preventivas)?
E descontos para a Segurança Social ou declaração para poder pagar ou pelo menos apresentar às Finanças é coisa nunca vista por aqui.
Podem-se arriscar algumas razões para que o Sr. Dr. Juiz Manuel Saraiva goste tanto do vermelho: será o Sr. Dr. Do Benfica? Será algum recalcamento de infância relacionado com a cor vermelha?
A palavra corte é também muito utilizada: corte de precária; pulseira: cortada; meio da pena: cortada. Sugerimos um curso de corte e costura, para que depois dos frequentes cortes, ele possa saber reme(n)d(i)ar as situações de suicídio, depressões profundas, crianças a continuar a crescer sem pai ou mãe, dificuldade de reabilitação num mundo onde, apesar das dificuldades, haverá com certeza mais humanidade que nomeadamente em Tires.
Obviamente que o parecer favorável, ou mais frequentemente, desfavorável por parte da Sra. Directora e dos serviços de reinserção social (que na maior parte dos casos nem tempo tem para analisar os casos) também contribuem para estas situações.
Os nossos impostos também servem para pagar a entidades que analisem o trabalho destas pessoas, ou não ?
E vai sendo o estado da justiça em Portugal… no vermelho.
Mas se em relação ao corpo de Guardas (salvo honrosas excepções) a Cadeia de Tires é uma grande trapalhada onde ninguém se entende… o que dizer acerca do Sr. Dr. Juiz Manuel Saraiva, que regula o Tribunal de Execução de Penas em Tires e em vários outros estabelecimentos prisionais?
Quem é que o controla ? Quem é que fiscaliza o seu trabalho ? É que o Sr. Dr. Juiz tem uma curiosa tendência para o carimbo vermelho usado pela censura da extinta PIDE. Precárias ? Cortadas ! Meio de Pena ? Cortado ! Sistema de Vigilância Electrónica para reclusos a quem a lei permite o acesso ? Cortadas !
Alguém explique ao Sr. Dr. Juiz que em quatro dias de precária (em que um deles é gasto a tentar sair de Tires e outro gasto a entrar) não há tempo de recomeçar nenhum tipo de actividade criminosa, não há tempo sequer para estar com a família ou para renovar o Bilhete de Identidade.
Ou será que o Meritíssimo Juiz está à espera de mais dois ou três suicídios provocados pelas suas receosas decisões? É que entre a população de reclusos prisionais haverá com certeza muitos em que por variadíssimas razões o “Perigo de inêxito” poderá na realidade não se aplicar.
Quanto ao direito à possibilidade de dar liberdade condicional ao meio da pena, Sr. Dr., lembre-se que os estrangeiros não são os únicos a quem a lei se aplica. Esses vão, quem sabe porquê? Recambiados para o seu país de origem, enquanto os Portugueses por cá vão ficando, continuando a gastar dinheiro dos nossos bolsos (Sim, porque ainda há quem pague impostos por aqui) para serem mantidos em regime de reclusão, quando podiam ir tentar reabilitar-se lá fora. Tomar conta das famílias, trabalhar, ter uma vida normal ou o melhor que lhes seja oferecido pela sociedade.
Até se compreende que por saber que a cadeia de Tires, por exemplo, beneficie todos esses cortes… é que as reclusas trabalham muitas vezes por apenas quinze euros mensais ou menos, sabendo que nos primeiros três meses nem sequer recebem nada. É “Pro Bono”, para a Cadeia de Tires. Além disso, se for necessário ir a tribunal, ao médico, ou se se estiver doente, são descontados esses dias no ordenado do final do mês.
Poder-se-á chamar a isto exploração? Que vantagens terá a Cadeia de Tires em descontar dias de trabalho no parco ordenado (aqui temos vontade de dar uma gargalhada) de uma reclusa que se queimou gravemente enquanto prestava o seu tão mal remunerado trabalho na copa do Pavilhão 1 (pavilhão das preventivas)?
E descontos para a Segurança Social ou declaração para poder pagar ou pelo menos apresentar às Finanças é coisa nunca vista por aqui.
Podem-se arriscar algumas razões para que o Sr. Dr. Juiz Manuel Saraiva goste tanto do vermelho: será o Sr. Dr. Do Benfica? Será algum recalcamento de infância relacionado com a cor vermelha?
A palavra corte é também muito utilizada: corte de precária; pulseira: cortada; meio da pena: cortada. Sugerimos um curso de corte e costura, para que depois dos frequentes cortes, ele possa saber reme(n)d(i)ar as situações de suicídio, depressões profundas, crianças a continuar a crescer sem pai ou mãe, dificuldade de reabilitação num mundo onde, apesar das dificuldades, haverá com certeza mais humanidade que nomeadamente em Tires.
Obviamente que o parecer favorável, ou mais frequentemente, desfavorável por parte da Sra. Directora e dos serviços de reinserção social (que na maior parte dos casos nem tempo tem para analisar os casos) também contribuem para estas situações.
Os nossos impostos também servem para pagar a entidades que analisem o trabalho destas pessoas, ou não ?
E vai sendo o estado da justiça em Portugal… no vermelho.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Press Release
Como era de esperar, foram muitas as visitas a este "Blog", ainda mais as questões colocadas. Passamos a responder:
As fontes de informação partiram de funcionários da própria cadeia, que não guardas prisionais. Trata-se de informações que foram pagas e cujos testemunhos nos mereçeram a credibilidade suficiente para passarmos a mensagem para o grande público.
Colhidas as informações, estas são tratadas em texto para computador e feitos por gente ligada aos meios da publicidade e que se articulam entre si e os demais.
A ideia de criar o Blogue partiu de um grupo alargado, membros activos da sociedade civil, que há muito tinham conhecimento de algumas destas situações, contadas por pessoas próximas da antiga Direcção de Tires.
Ainda que pagas as informações, torná-las públicas através deste processo foi o compromisso que assumimos perante aqueles que precisam de conservar o emprego e levar o ordenado para casa, e é nosso propósito inabalável manter tal compromisso até ao fim.
O Blogue é para manter actualizado, o anonimato das fontes e o dinheiro pago são disso a melhor garantia.
A parte técnica e divulgação estão a cargo de empresa especializada no ramo.
As fontes de informação partiram de funcionários da própria cadeia, que não guardas prisionais. Trata-se de informações que foram pagas e cujos testemunhos nos mereçeram a credibilidade suficiente para passarmos a mensagem para o grande público.
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A ideia de criar o Blogue partiu de um grupo alargado, membros activos da sociedade civil, que há muito tinham conhecimento de algumas destas situações, contadas por pessoas próximas da antiga Direcção de Tires.
Ainda que pagas as informações, torná-las públicas através deste processo foi o compromisso que assumimos perante aqueles que precisam de conservar o emprego e levar o ordenado para casa, e é nosso propósito inabalável manter tal compromisso até ao fim.
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Tires I
Respondidas as perguntas e definidas as nossas posições, vamos ao relato de novos factos.
Se a Cadeia de Tires não percebe que os embustes das “verdades” e as “máscaras” das mentiras têm os dias contados, alguém vai ter de explicar-lhe que o Carnaval vesgo da instituição já viveu melhores dias...
Felgueiras é o apelido da Sub-Chefe Eugénia e deixa adivinhar o pior. Durante anos a fio sem cumprir horários, nem pela chefia passava para se apresentar ao serviço. Correu todos os pavilhões deixando atrás de si um rasto de fazer inveja a muito corrupto com créditos firmados na matéria. Perdem-se nos tempos e na quantidade os “favores” feitos por Eugénia e pagos por várias reclusas entre cheques e notas de banco, e quem viveu presa na “Casa das Mães” ainda recorda a arrecadação, atafulhada até ao tecto de fraldas, roupa de criança e produtos de higiene infantil, tudo ofertas de empresas e grandes armazéns, e cuja chave estava na posse exclusiva de Eugénia Felgueiras, sem direito a duplicados. Ali só ela punha e tirava, fazendo por inteiro a “gestão” do negócio e da arrecadação um complemento de ordenado...
Apesar de ainda estar ao serviço e ter vendido a prestações a alma e o brio profissional, os seus colegas, homens e mulheres, não esquecem o dito brincalhão “Tires é a cadeia regional da Sub-Chefe Eugénia”...
E há pequenas frases que, ditas perto dos ouvidos errados, podem modificar o rumo de um dia. Foi assim com Ana Bastos, a última dentista de Tires, mulher evoluída e profissional responsável, posta na rua porque teimava no óbvio, os dentes nasceram para ser tratados, não arrancados, já para não falar dos perigos de contágio de VIH e hepatites, muito populares entre as reclusas de Tires, vá-se lá saber contraídos onde...
A estes ajuizados protestos respondeu Clara Manso Preto com o velho argumento da falta de dinheiro para compra de materiais de reabilitação dentária, contudo a notícia não era para divulgar.
E fez mais, convocou uma reunião a dois – Ela e o enfermeiro Patrício, pessoa há muito ligada a Tires e dono de uma empresa de prestação de serviços na área da saúde em regime de “outsourcing” e de que poucos conhecem o nome – Patrício, homem astuto, depressa compreendeu que em perigo estava a renovação do seu contrato de prestador, se mantivesse Ana Bastos ao serviço e na hora de provar que o diabo não compra todas as almas faltou-lhe a firmeza e nada lhe doeu espetar uma facada nas costas de Ana Bastos, pois pior seria comprar uma guerra coma Dr.ª Clara Manso Preto. Em resultado de tão vergonhosa “manobra”, o enfermeiro Patrício congratulou-se com a desejada renovação contratual, ainda que para isso tivesse a penosa missão de colocar no lugar deixado vago por Ana Bastos um tal Dr. Marinho, amigo pessoal de Clara Preto, afastado do Estabelecimento Prisional de Lisboa por dar mais faltas que consultas e, claro está, agora a precisar de emprego certo, livre da cusquisse do livro de ponto...
E no ponto de viragem manteve-se Luísa Rocha, uma das “herdadas” por Clara Manso e transitada da direcção de Fernanda Aragão, a anterior directora de Tires.
Diz quem sabe (e sabe-o bem) que Luísa Rocha em muito contribuiu para o ruinoso estado das finanças em Tires, tendo hoje a seu cargo as compras que alimentam as cantinas da cadeia, tem também um filho, guarda prisional, que foi transferido para outra prisão depois de se descobrir o chorudo negócio em que participava, introduzir telemóveis para os detidos, homens, (sim porque em Tires também estão homens presos) no pavilhão 3 – pelo meio ainda lhe sobrava tempo para apetrechar o bar de que era proprietário com cadeiras, mesas e outras “prendas”, tudo subtraído ao património da cadeia de Tires – ele há coisas que estão mesmo nos genes !
E o topo da excelência atinge-se na pessoa de Adriano Paulo, que não pertencendo a este campeonato, não deixa de ser parte interessada e interessante. Foi, até Abril de 2007, o director do Estabelecimento Prisional de Lisboa. Foi, e já não o é, “convidado” que foi a se reformar antes que fizesse mais do mesmo. Para além de controlar como ninguém e promover a venda de cartões telefónicos aos reclusos (só podiam ser adquiridos na prisão, por cada lote comprado, a empresa fornecedora oferecia certa quantidade, também em cartões, que haviam de integrar o anterior conjunto. A mais-valia “caía” no colo, pode-se imaginar de quem...), ainda tinha uma absurda implicância com os carros particulares que os guardas prisionais parqueavam no espaço livre da cadeia masculina de Lisboa, numa atitude velhaca, convenceu o seu Chefe de Guardas, Martins de seu nome,(e entretanto também transferido de “poiso”, que remédio...), em tirar o ar aos pneus dos aos dos ditos guardas – um deles até, zangado, se queixou mas não teve mais sorte do que ver o caso arquivado – que admiração !
E há quem diga que não há maior prazer que fazer contas ao que não há. No caso de Adriano Paulo, o que não havia em determinada altura era dinheiro suficiente nos seus bolsos, para colmatar a falha, o antigo Director baralhou e voltou a dar, a si próprio, um dinheiro que era do E.P.L.
Quando a coisa já ia para a via da investigação mais cuidada, os deuses provaram ser seus padrinhos e do gabinete da gestora de contas daquela prisão (que por coincidência até era Clara manso Preto), com a perfeição das coisas simples, desapareceu, roubado, o computador com os números que iriam tramar o Dr. Adriano. Ora computadores desaparecidos, todos sabemos, acontecem a cada meia-hora ou menos, sem nos havermos precatado, lá passa um computador a voar, qual pássaro !
Importante é dizer que Adriano Paulo é casado, na vida real, com Clara Manso Preto, a mesma Clara que dita hoje os destinos em Tires.
Esta máquina de fabricar sensações, que são estas denúncias, conjuga-se perfeitissimamente no zero absoluto do que não se tem – nós tivemos de aliviar as carteiras um pouco abaixo dos 500 Euros para tirar as verdades ás mentiras e a razão de continuar a existir – assim vai o mundo das fugas de informação !
Dr. António costa, tranquilize-se que há mais bandidos...
Se a Cadeia de Tires não percebe que os embustes das “verdades” e as “máscaras” das mentiras têm os dias contados, alguém vai ter de explicar-lhe que o Carnaval vesgo da instituição já viveu melhores dias...
Felgueiras é o apelido da Sub-Chefe Eugénia e deixa adivinhar o pior. Durante anos a fio sem cumprir horários, nem pela chefia passava para se apresentar ao serviço. Correu todos os pavilhões deixando atrás de si um rasto de fazer inveja a muito corrupto com créditos firmados na matéria. Perdem-se nos tempos e na quantidade os “favores” feitos por Eugénia e pagos por várias reclusas entre cheques e notas de banco, e quem viveu presa na “Casa das Mães” ainda recorda a arrecadação, atafulhada até ao tecto de fraldas, roupa de criança e produtos de higiene infantil, tudo ofertas de empresas e grandes armazéns, e cuja chave estava na posse exclusiva de Eugénia Felgueiras, sem direito a duplicados. Ali só ela punha e tirava, fazendo por inteiro a “gestão” do negócio e da arrecadação um complemento de ordenado...
Apesar de ainda estar ao serviço e ter vendido a prestações a alma e o brio profissional, os seus colegas, homens e mulheres, não esquecem o dito brincalhão “Tires é a cadeia regional da Sub-Chefe Eugénia”...
E há pequenas frases que, ditas perto dos ouvidos errados, podem modificar o rumo de um dia. Foi assim com Ana Bastos, a última dentista de Tires, mulher evoluída e profissional responsável, posta na rua porque teimava no óbvio, os dentes nasceram para ser tratados, não arrancados, já para não falar dos perigos de contágio de VIH e hepatites, muito populares entre as reclusas de Tires, vá-se lá saber contraídos onde...
A estes ajuizados protestos respondeu Clara Manso Preto com o velho argumento da falta de dinheiro para compra de materiais de reabilitação dentária, contudo a notícia não era para divulgar.
E fez mais, convocou uma reunião a dois – Ela e o enfermeiro Patrício, pessoa há muito ligada a Tires e dono de uma empresa de prestação de serviços na área da saúde em regime de “outsourcing” e de que poucos conhecem o nome – Patrício, homem astuto, depressa compreendeu que em perigo estava a renovação do seu contrato de prestador, se mantivesse Ana Bastos ao serviço e na hora de provar que o diabo não compra todas as almas faltou-lhe a firmeza e nada lhe doeu espetar uma facada nas costas de Ana Bastos, pois pior seria comprar uma guerra coma Dr.ª Clara Manso Preto. Em resultado de tão vergonhosa “manobra”, o enfermeiro Patrício congratulou-se com a desejada renovação contratual, ainda que para isso tivesse a penosa missão de colocar no lugar deixado vago por Ana Bastos um tal Dr. Marinho, amigo pessoal de Clara Preto, afastado do Estabelecimento Prisional de Lisboa por dar mais faltas que consultas e, claro está, agora a precisar de emprego certo, livre da cusquisse do livro de ponto...
E no ponto de viragem manteve-se Luísa Rocha, uma das “herdadas” por Clara Manso e transitada da direcção de Fernanda Aragão, a anterior directora de Tires.
Diz quem sabe (e sabe-o bem) que Luísa Rocha em muito contribuiu para o ruinoso estado das finanças em Tires, tendo hoje a seu cargo as compras que alimentam as cantinas da cadeia, tem também um filho, guarda prisional, que foi transferido para outra prisão depois de se descobrir o chorudo negócio em que participava, introduzir telemóveis para os detidos, homens, (sim porque em Tires também estão homens presos) no pavilhão 3 – pelo meio ainda lhe sobrava tempo para apetrechar o bar de que era proprietário com cadeiras, mesas e outras “prendas”, tudo subtraído ao património da cadeia de Tires – ele há coisas que estão mesmo nos genes !
E o topo da excelência atinge-se na pessoa de Adriano Paulo, que não pertencendo a este campeonato, não deixa de ser parte interessada e interessante. Foi, até Abril de 2007, o director do Estabelecimento Prisional de Lisboa. Foi, e já não o é, “convidado” que foi a se reformar antes que fizesse mais do mesmo. Para além de controlar como ninguém e promover a venda de cartões telefónicos aos reclusos (só podiam ser adquiridos na prisão, por cada lote comprado, a empresa fornecedora oferecia certa quantidade, também em cartões, que haviam de integrar o anterior conjunto. A mais-valia “caía” no colo, pode-se imaginar de quem...), ainda tinha uma absurda implicância com os carros particulares que os guardas prisionais parqueavam no espaço livre da cadeia masculina de Lisboa, numa atitude velhaca, convenceu o seu Chefe de Guardas, Martins de seu nome,(e entretanto também transferido de “poiso”, que remédio...), em tirar o ar aos pneus dos aos dos ditos guardas – um deles até, zangado, se queixou mas não teve mais sorte do que ver o caso arquivado – que admiração !
E há quem diga que não há maior prazer que fazer contas ao que não há. No caso de Adriano Paulo, o que não havia em determinada altura era dinheiro suficiente nos seus bolsos, para colmatar a falha, o antigo Director baralhou e voltou a dar, a si próprio, um dinheiro que era do E.P.L.
Quando a coisa já ia para a via da investigação mais cuidada, os deuses provaram ser seus padrinhos e do gabinete da gestora de contas daquela prisão (que por coincidência até era Clara manso Preto), com a perfeição das coisas simples, desapareceu, roubado, o computador com os números que iriam tramar o Dr. Adriano. Ora computadores desaparecidos, todos sabemos, acontecem a cada meia-hora ou menos, sem nos havermos precatado, lá passa um computador a voar, qual pássaro !
Importante é dizer que Adriano Paulo é casado, na vida real, com Clara Manso Preto, a mesma Clara que dita hoje os destinos em Tires.
Esta máquina de fabricar sensações, que são estas denúncias, conjuga-se perfeitissimamente no zero absoluto do que não se tem – nós tivemos de aliviar as carteiras um pouco abaixo dos 500 Euros para tirar as verdades ás mentiras e a razão de continuar a existir – assim vai o mundo das fugas de informação !
Dr. António costa, tranquilize-se que há mais bandidos...
quarta-feira, 12 de março de 2008
Cadeia de Tires - Ver para Crer - Parte 1
Em 2003, Freitas do Amaral preparava-se para receber uma delegação de reclusos que numa união sem precedentes encetou uma cívica e civilizada jornada de luta por melhores condições de vida nas cadeias. Em 2001, António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e á época Ministro da Justiça, em frase bem infeliz, própria da sua habitual arrogância, apelidava-os de “Bandidos”.
Passaram 5 anos, porém o tema mantém-se, mais que nunca, actual. Tires é um grande negócio disfarçado de cadeia e dá arrepios saber das suas inconfessáveis histórias, todas elas com Clara Manso Preto a Directora ao leme do barco com capa de gestora poderosa.
A indiferença ás faltas de competência e transparência é uma prática que se reforça e eterniza, abrilhantada todos os dias pelo conhecido “jogo do empurra” do corpo de guardas para as chefias, destas para ordens superiores da direcção.
Com efeito, injustificadamente, as detidas viram ser-lhes reduzido o número de visitas semanais de 4 para 2 com o falacioso argumento de assim se conseguir mais intimidade.
No pavilhão 1, apesar de preventivas, beneficiando da presunção de inocência, são obrigadas a deslocar-se ao exterior algemadas como se de perigosas condenadas se tratassem; o problema é que os guardas motoristas dos carros celulares, que não estão equipados com cintos de segurança, não fazem teste de alcoolemia depois do almoço. Em resultado, metem as carrinhas prisionais em valas, sendo necessários 30 minutos e a ajuda de um condutor que passava por perto para que a estrada e a viagem fossem retomadas. O mesmo guarda motorista, useiro e vezeiro em proezas desta grandeza e de seu nome Antunes, não gostou de ouvir o protesto das mais de 15 reclusas contra o que consideraram ser o seu modo imprudente de conduzir e, desta feita, não foi de modas e pregou com uma bofetada na cara de Ana Mafalda Cardoso, reclusa do pavilhão 1 de Tires; á segunda tentativa, e porque Ana Mafalda se desviou, acertou em cheio na colega guarda Rosa que teve de ser assistida no posto médico, tal foi a violência e velocidade da castigadora mão do guarda Antunes.
A gestão deve ser feita com determinação, mas com o dobro de bom senso. A direcção de Tires opta pela primeira. A falta de vergonha é transversal e de tal modo enraizada que ninguém com responsabilidades se preocupa por não haver, intencionalmente, afixadas normas de conduta a observar – ninguém menos as detidas, claro, apesar de pouco lhes servir a indignação: Manso Preto faz tábua rasa desse direito inquestionável.
E por falar em direitos, ou a falta deles, promovem-se castigos traduzidos em 5 dias de cela disciplinar simplesmente por não se avisar o corpo de guardas que determinada reclusa dormia vestida e na mesma posição há várias horas – tal e qual – Se o principio foi errado, o resultado para Tires foi desastroso: a castigada trocou as voltas a Clara Manso Preto e queixou-se criminalmente junto do Ministério Público contra a cadeia e sua direcção, aguardando-se pelo desfecho do caso.
Numa constante ordem e contra-ordem, Adelina Garcia, Sub-Chefe do pavilhão 1, não consegue lidar com a desordem que origina e, com mais de 26 anos de casa, continua igual a ela própria; não é capaz de manter uma opinião 2 dias seguidos; se num dia alinha ao lado das decisões da direcção, no dia seguinte leva as mão á cabeça e declara-se transparente, não viu nem sabe nada. Não é possível manter este equilíbrio de “espertalhaça” mas, ainda assim, está convencida que sabe governar o seu espaço ao ponto de dispensar sugestões de melhor e mais apropriada funcionalidade.
Já o seu colega Gouveia, Chefe de Guardas, que caiu em Tires vindo do Presídio de Santarém, por querer defender todas as posições não consegue defender nada. Também nos últimos tempos Manuel João, Psicólogo e Director Adjunto, ás voltas com tanta contestação e trapalhadas e mudanças de opinião, transformou-se inconstante, imprevisível e inconsequente. Todas as semanas tem uma nova crise e todas as semanas toma um novo rumo. É o pior para quem necessita que acreditem nele.
Passaram 5 anos, porém o tema mantém-se, mais que nunca, actual. Tires é um grande negócio disfarçado de cadeia e dá arrepios saber das suas inconfessáveis histórias, todas elas com Clara Manso Preto a Directora ao leme do barco com capa de gestora poderosa.
A indiferença ás faltas de competência e transparência é uma prática que se reforça e eterniza, abrilhantada todos os dias pelo conhecido “jogo do empurra” do corpo de guardas para as chefias, destas para ordens superiores da direcção.
Com efeito, injustificadamente, as detidas viram ser-lhes reduzido o número de visitas semanais de 4 para 2 com o falacioso argumento de assim se conseguir mais intimidade.
No pavilhão 1, apesar de preventivas, beneficiando da presunção de inocência, são obrigadas a deslocar-se ao exterior algemadas como se de perigosas condenadas se tratassem; o problema é que os guardas motoristas dos carros celulares, que não estão equipados com cintos de segurança, não fazem teste de alcoolemia depois do almoço. Em resultado, metem as carrinhas prisionais em valas, sendo necessários 30 minutos e a ajuda de um condutor que passava por perto para que a estrada e a viagem fossem retomadas. O mesmo guarda motorista, useiro e vezeiro em proezas desta grandeza e de seu nome Antunes, não gostou de ouvir o protesto das mais de 15 reclusas contra o que consideraram ser o seu modo imprudente de conduzir e, desta feita, não foi de modas e pregou com uma bofetada na cara de Ana Mafalda Cardoso, reclusa do pavilhão 1 de Tires; á segunda tentativa, e porque Ana Mafalda se desviou, acertou em cheio na colega guarda Rosa que teve de ser assistida no posto médico, tal foi a violência e velocidade da castigadora mão do guarda Antunes.
A gestão deve ser feita com determinação, mas com o dobro de bom senso. A direcção de Tires opta pela primeira. A falta de vergonha é transversal e de tal modo enraizada que ninguém com responsabilidades se preocupa por não haver, intencionalmente, afixadas normas de conduta a observar – ninguém menos as detidas, claro, apesar de pouco lhes servir a indignação: Manso Preto faz tábua rasa desse direito inquestionável.
E por falar em direitos, ou a falta deles, promovem-se castigos traduzidos em 5 dias de cela disciplinar simplesmente por não se avisar o corpo de guardas que determinada reclusa dormia vestida e na mesma posição há várias horas – tal e qual – Se o principio foi errado, o resultado para Tires foi desastroso: a castigada trocou as voltas a Clara Manso Preto e queixou-se criminalmente junto do Ministério Público contra a cadeia e sua direcção, aguardando-se pelo desfecho do caso.
Numa constante ordem e contra-ordem, Adelina Garcia, Sub-Chefe do pavilhão 1, não consegue lidar com a desordem que origina e, com mais de 26 anos de casa, continua igual a ela própria; não é capaz de manter uma opinião 2 dias seguidos; se num dia alinha ao lado das decisões da direcção, no dia seguinte leva as mão á cabeça e declara-se transparente, não viu nem sabe nada. Não é possível manter este equilíbrio de “espertalhaça” mas, ainda assim, está convencida que sabe governar o seu espaço ao ponto de dispensar sugestões de melhor e mais apropriada funcionalidade.
Já o seu colega Gouveia, Chefe de Guardas, que caiu em Tires vindo do Presídio de Santarém, por querer defender todas as posições não consegue defender nada. Também nos últimos tempos Manuel João, Psicólogo e Director Adjunto, ás voltas com tanta contestação e trapalhadas e mudanças de opinião, transformou-se inconstante, imprevisível e inconsequente. Todas as semanas tem uma nova crise e todas as semanas toma um novo rumo. É o pior para quem necessita que acreditem nele.
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Cadeia de Tires - Ver para Crer - Parte 2
Já os Serviços de Educação e Equipas de Reinserção Social de Tires existem, salvo escassas excepções, para levar o ordenado para casa; quando chamadas demoram a vir. Podem e devem resolver os problemas das reclusas. Devem mas não fazem, não sabem ou esclarecem de modo evasivo as questões que integram a sua esfera de competências.
Já se tocou aqui no aspecto das visitas. O que ainda não se disse, mas vai-se a tempo, é o pagar-se para registar sacos á entrada, os maus modos e indelicadeza de uma boa parte dos guardas de escala e o obscuro facilitismo da entrada de drogas dentro do pavilhão com evidentes contrapartidas para quem sabe fechar os olhos na ocasião própria e que o caso pede…
A perigosa convicção de impunidade desta e de outras práticas atinge até o Juiz do Tribunal de Execução de Penas, Manuel Saraiva, que acalenta o secreto desejo de ver Tires sobrelotada: deitando por terra as legítimas aspirações das reclusas irem para casa, num persistente incumprimento na nova lei do Código Penal, é vê-lo a cortar os meios de penas a torto e a direito, sendo certo ainda que a primeira saída precária é sempre negada com o estafado argumento “perigo de inêxito”.
Por alturas do natal de 2007 concretizou-se uma velha vontade das reclusas de Tires: a reabertura da cantina; mas como tudo em Tires é um presente envenenado, a “mercearia” não fugiu á regra; proibiu-se a entrada de água e leite como forma de promover as vendas daqueles produtos (mais caros que na rua e de pior qualidade) dentro de “casa” e os fornecedores, adjudicados por escolha “desinteressada” (e via telefone) de Clara Manso Preto, agradecem a restrição.
Melhor negócio ainda é o do café: a empresa fornecedora é a Lunni quase desconhecida em Portugal, menos para o olho certeiro e perspicaz de Clara Preto. Com a natural necessidade de ganhar quota no mercado, a Lunni vende por três Euros o kg de café em grão a Clara Manso Preto. Esta, com uma clareza de espírito própria do nome, fixou o preço da bica ás reclusas em 15 cêntimos, conseguindo fazer bom dinheiro – 30 Euros por kg vendido – que vai direitinho para os cofres da cadeia de Tires. Desta forma Clara Manso Preto tem vindo a amortizar, com o dinheiro das presas, o legado financeiro devedor deixado pela anterior gestão de Fernanda Aragão e que Clara Manso Preto ajuda, como pode, a manter. E como a esperteza saloia não fica por aqui, com as entregas de dinheiro que os familiares destinam ás suas reclusas, Clara Preto junta tudo e deposita no banco, em nome da cadeia, permitindo ás destinatárias do dinheiro, suas verdadeiras donas, levantamentos quinzenais de 50 euros e nem mais um cêntimo, para estabilizar os descobertos autorizados que contratou com a banca. Mas nem assim lhe chega o dinheiro para fazer face aos gatos com a “Festa de Natal” de 2007 que decidiu organizar; ao melhor estilo de pedinchona conseguiu sensibilizar uns quantos incautos que ofereceram bolos para colorir a mesa do “lunch” “oferecido” a quem fez de artista na representação de uma peça teatral; na hora de terminar, mandou deitar as sobras para o lixo, não tendo permitido a recolha de nada.
Já se tocou aqui no aspecto das visitas. O que ainda não se disse, mas vai-se a tempo, é o pagar-se para registar sacos á entrada, os maus modos e indelicadeza de uma boa parte dos guardas de escala e o obscuro facilitismo da entrada de drogas dentro do pavilhão com evidentes contrapartidas para quem sabe fechar os olhos na ocasião própria e que o caso pede…
A perigosa convicção de impunidade desta e de outras práticas atinge até o Juiz do Tribunal de Execução de Penas, Manuel Saraiva, que acalenta o secreto desejo de ver Tires sobrelotada: deitando por terra as legítimas aspirações das reclusas irem para casa, num persistente incumprimento na nova lei do Código Penal, é vê-lo a cortar os meios de penas a torto e a direito, sendo certo ainda que a primeira saída precária é sempre negada com o estafado argumento “perigo de inêxito”.
Por alturas do natal de 2007 concretizou-se uma velha vontade das reclusas de Tires: a reabertura da cantina; mas como tudo em Tires é um presente envenenado, a “mercearia” não fugiu á regra; proibiu-se a entrada de água e leite como forma de promover as vendas daqueles produtos (mais caros que na rua e de pior qualidade) dentro de “casa” e os fornecedores, adjudicados por escolha “desinteressada” (e via telefone) de Clara Manso Preto, agradecem a restrição.
Melhor negócio ainda é o do café: a empresa fornecedora é a Lunni quase desconhecida em Portugal, menos para o olho certeiro e perspicaz de Clara Preto. Com a natural necessidade de ganhar quota no mercado, a Lunni vende por três Euros o kg de café em grão a Clara Manso Preto. Esta, com uma clareza de espírito própria do nome, fixou o preço da bica ás reclusas em 15 cêntimos, conseguindo fazer bom dinheiro – 30 Euros por kg vendido – que vai direitinho para os cofres da cadeia de Tires. Desta forma Clara Manso Preto tem vindo a amortizar, com o dinheiro das presas, o legado financeiro devedor deixado pela anterior gestão de Fernanda Aragão e que Clara Manso Preto ajuda, como pode, a manter. E como a esperteza saloia não fica por aqui, com as entregas de dinheiro que os familiares destinam ás suas reclusas, Clara Preto junta tudo e deposita no banco, em nome da cadeia, permitindo ás destinatárias do dinheiro, suas verdadeiras donas, levantamentos quinzenais de 50 euros e nem mais um cêntimo, para estabilizar os descobertos autorizados que contratou com a banca. Mas nem assim lhe chega o dinheiro para fazer face aos gatos com a “Festa de Natal” de 2007 que decidiu organizar; ao melhor estilo de pedinchona conseguiu sensibilizar uns quantos incautos que ofereceram bolos para colorir a mesa do “lunch” “oferecido” a quem fez de artista na representação de uma peça teatral; na hora de terminar, mandou deitar as sobras para o lixo, não tendo permitido a recolha de nada.
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Cadeia de Tires - Ver para Crer - Parte 3
E sabe bem ficar confuso. No dia de ir ao médico, o pobre homem vê-se ás aranhas sem quase nada para receitar, e quando consegue prescrever, desviam-lhe as voltas e os comprimidos, os mesmos para quase tudo, que ainda chegam tarde e trocados.
Melhor sorte tem o protésico que tendo consultório em Setúbal, cobra as próteses na totalidade muito antes de as entregar ás legitimas donas, que as pagam do seu bolso, não tendo o cuidado de cobrar o IVA; Clara Manso Preto sabe mas faz vista grossa a esta subtracção de dever ao Estado. As suas necessidades mais urgentes ficaram pela colocação de ar condicionado no seu gabinete, que isto de trabalhar com calor não está com nada…
E o trabalho dentro da cadeia, mal remunerado ás reclusas, é destinado, exclusivamente, para quem está disposta a calar as misérias de Tires; quem refila, se insurge não tem direito a ocupar o tempo, mesmo sem ordenado á vista.
Denunciada a situação, no principio deste ano, foi a vez da cozinha de Tires ser visitada pela temida A.S.A.E., mas Clara Preto, que não é dada a surpresas, foi avisada com antecedência da inspecção que vinha a caminho; e foi um “corre-corre” inusitado, a “recrutar voluntárias” para limpar tachos e panelas, fogões e armários, arrancar a gordura há anos entranhada nas paredes.
Depois de limpo o que não mudou foi a comida. O menu da “geral” é por demais conhecido, e de cor, pelas reclusas de tau mau e sempre igual; até os cães que vivem por ali voltam o focinho, fartos que estão dos ossos de frango e peru, mais depressa dispostos a comer nem que fossem cascas de melão…
E antes que venham dizer que é uma campanha de inverdades e especulações, aqui fica um desafio:
Abram as portas da cadeia e deixem que livremente as reclusas se manifestem aos jornalistas que quiserem cruzar os seus portões para saber de que lado está a razão. Vai uma aposta em como não deixam ? É que ser mentirosa é uma coisa; deixar que se saiba que o é já outra conversa…
E agora Dr. António Costa, quem afinal, são os “bandidos” ?
Melhor sorte tem o protésico que tendo consultório em Setúbal, cobra as próteses na totalidade muito antes de as entregar ás legitimas donas, que as pagam do seu bolso, não tendo o cuidado de cobrar o IVA; Clara Manso Preto sabe mas faz vista grossa a esta subtracção de dever ao Estado. As suas necessidades mais urgentes ficaram pela colocação de ar condicionado no seu gabinete, que isto de trabalhar com calor não está com nada…
E o trabalho dentro da cadeia, mal remunerado ás reclusas, é destinado, exclusivamente, para quem está disposta a calar as misérias de Tires; quem refila, se insurge não tem direito a ocupar o tempo, mesmo sem ordenado á vista.
Denunciada a situação, no principio deste ano, foi a vez da cozinha de Tires ser visitada pela temida A.S.A.E., mas Clara Preto, que não é dada a surpresas, foi avisada com antecedência da inspecção que vinha a caminho; e foi um “corre-corre” inusitado, a “recrutar voluntárias” para limpar tachos e panelas, fogões e armários, arrancar a gordura há anos entranhada nas paredes.
Depois de limpo o que não mudou foi a comida. O menu da “geral” é por demais conhecido, e de cor, pelas reclusas de tau mau e sempre igual; até os cães que vivem por ali voltam o focinho, fartos que estão dos ossos de frango e peru, mais depressa dispostos a comer nem que fossem cascas de melão…
E antes que venham dizer que é uma campanha de inverdades e especulações, aqui fica um desafio:
Abram as portas da cadeia e deixem que livremente as reclusas se manifestem aos jornalistas que quiserem cruzar os seus portões para saber de que lado está a razão. Vai uma aposta em como não deixam ? É que ser mentirosa é uma coisa; deixar que se saiba que o é já outra conversa…
E agora Dr. António Costa, quem afinal, são os “bandidos” ?
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